Capítulo 1: Trio Principal Super Unido e Interesse romântico.
Então, aqui estava eu. Enquanto lutava contra um exército de zumbis que corriam até mim com malas grandes e escuras, eu sobre voava a cidade abandonada em busca de algo importante. Os zumbis eram quase tão frios quanto o clima daquela cidade, chuvosa como sempre e exalando um cheiro de maionese. Odeio maionese.
-Estou atrasado, estou atrasado, estou atrasado...
Os zumbis continuavam a se repetir infinitamente. Acho que quando comem os cérebros um dos outros devem deixar para trás a parte em que seus empregos fizeram a lavagem cerebral. Faz sentido, essa é a única parte ruim do cérebro humano.
Então, quando meu relógio de pulso super futurista começou a apitar me indicando o local onde devo pousar, desço em rasante, rápido como um raio e brilhante como... Como um... Como um raio também. É, raios são legais. Claro que assim que pousei, pouco depois de alguns saírem voando em direção ao espaço sideral por causa do impacto que dispensei quando cheguei ao solo, muitos outros rapidamente tomaram seus lugares e vieram a mim, tão rápidos quanto zumbis de terno poderiam vir. Livrei a mim mesmo daquele forte cheiro de maionese que estava tomando conta quando revelei minha espada laser e cortei suas cabeças com facilidade, foi como se tivesse lançado um único movimento de tamanha velocidade que cortei seus pescoços. Mais e mais deles apareciam, o clima esfriava e aquela cidade de concreto e metal apodrecidos não me dava dicas de onde exatamente eu encontrava o que estava procurando... O que eu estava procurando...? Talvez fosse esse perfume... Esse perfume que senti pouco antes de tudo escurecer. Um cheiro suave que eu conseguia sentir adoçar meu rosto por dentro sempre que entrava pelo meu nariz. Aquele cheiro... Que me lembrava a cor Rosa....
Quando minha visão retornou a mim eu estava na mesma cidade de concreto e metal de antes, embora ela me parecesse mais interessante quando tinha mortos vivos andando por aí.
-Meu Deus! Agora você acorda só de sentir o cheiro dela?
André me perguntou em tom de deboche. Ele era, resumidamente um babaca. Sempre rindo das coisas e não levando nada a sério, sempre agindo com humor e risos a quase tudo. Fazer piada com tudo na vida normalmente te torna uma pessoa legal. Se você for engraçado.
-Eu só acordaria com o cheiro de alguém se ele não fosse bom!
Como pudemos ver, não era o caso dele.
-Eu também.
Alice, que se sentava na minha frente replicou André.
-Por isso eu acho que deveria te agradecer. Vir cedo para a escola é realmente difícil, e você faz um bom trabalho me mantendo acordada.
Alice tinha um ânimo incomum para começar discussões, as vezes porque alguém na sala disse algo meio machista e as vezes porque algum professor colocou assento na sílaba errada de alguma palavra que a maioria da sala nem conhecia. Ela é a típica chata inteligente e ele o típico burro "legal".
-Se quiser posso te manter acordada essa noite também.
Assim que André terminou a frase, colocando um tom patético de sedução nela, o meu rosto e o de Alice se contraíram numa expressão de nojo quase que sincronizados. Gostava das causas humanitárias que ela levantava e acreditava em muitos argumentos igualitários dela, a diferença entre nós é que logo depois o rosto dela se contraiu em raiva, e o meu, mais uma vez em sono.
A discussão entre esses dois continua em segundo plano, pois em primeiro plano estava o motivo de eu ter acordado para início de conversa. Rosa, era o nome da garota que cheirava tão bem. Eu sempre tentei não ser idiota, só conversamos uma vez e foi quando éramos crianças. Eu nem sequer me lembrava direito do que tínhamos conversado, e já tinha ouvido boatos de outros namoros que ela já teve, colocar expectativa nisso definitivamente não era uma jogada muito inteligente. Mas, pensando bem, eu nunca fui muito inteligente.
Não sabia muito sobre ela. Sua cor favorita era amarelo, ela gostava de deixar o chocolate derreter um pouco na embalagem antes de começar a comer e tinha o hábito de desenhar leões o dia inteiro. Ela era uma ótima desenhista, tinha esse cabelo bagunçado e sardas fofas espalhadas pelo rosto. Também gostava muito de filmes de terror, achava os filmes da Marvel meio idiotas, e queria tentar ser vegetariana. Seus objetivos de vida eram vários, desde pisar no hall da fama até viajar para Marte e ter uma fazenda. Ela dizia que queria uma fazenda porque viver humildemente com o que a mãe terra provém parece ser o ideal, queria pisar no hall da fama porque o céu é o limite, e queria ir até Marte era só o sonho de toda nerd. Mas enfim. Sei pouco sobre ela.
[Continua]
--Créditos--
Autor: Rudigu
Co-Autor: L.Maverick
Divulgado por: Mistérios Nerd
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